Precisamos aprender lidar com nossos sofrimentos, com nossas limitações e dificuldades. Lembro-me, de uma vez em que eu tinha muitas quebraduras, logo após um acidente que sofri em 1996, e eu gritava de dor, exatamente isso, gritava de dor. Havia um analgésico que eu tomava para amenizá-la. Um dia, eu estava no quarto e minha prima Rosilene que estava cuidando de mim, estava na cozinha. Eu a chamei por algumas vezes e como ela não ouviu eu gritei seu nome. Ela correu para me atender rapidamente. Uma pessoa presente me reprovou veementemente por eu ter gritado. Ela não tinha noção da dor que eu sentia e disse: "a Railda tem que se acostumar com a dor". Em outras palavras, eu tinha que me conformar com a situação e não ficar gritando, pedindo socorro. Isso me magoou muito. No entanto, hoje, concordo inteiramente com ele, eu tinha mesmo que aprender a conviver com a dor. Aliás, foi isso que tive que fazer, não apenas em relação às dores físicas que ainda sinto por causa das sequelas que ficaram, mas, muito mais, infinitamente mais, em relação às dores emocionais. Não há como viver se não aprendemos a suportar nossas dores, quaisquer que sejam, físicas ou emocionais. Esforço-me para fazer isso, não é fácil. Conto com a ajuda do Espírito Santo. Ajuda, Senhor!
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