Sabemos
bem que um dia morreremos. Não gostamos de falar da morte, especialmente da
nossa morte. Procuramos esquecer. Mas, não adianta. Fato inegável é que um dia
morreremos. E minha questão hoje é: O que deixaremos após a nossa morte? O quê
ficará de nós? Tenho visto alguma matéria do direito sobre como os doadores de
bens devem fazer para doarem algo para seus filhos ou filhas, de tal forma que
os genros ou as noras não herdem. Fiquei imaginando que terrível que é essa
questão, para todas as partes envolvidas na história. Lembro-me agora do quão
longe está o ensino bíblico da nossa realidade, que diz que melhor é dar do que
receber. Vivemos em um mundo caótico, onde o rei é o mercado, e cujo lema é que
vale mais quem acumula mais. É a lógica contrária à lógica do Reino de Deus. No
Reino de Deus, vale mais quem dá mais. Alguém já disse que o que fica de nós é
o que doamos, o que presenteamos, não o que ganhamos. O que ganhamos,
acumulamos, não levaremos para o túmulo. Lá estaremos só, sem nada. Mas, tudo
que doamos, que presenteamos, ficará em toda a parte. Muitos se lembrarão de
nós, por aquilo que tomarem em suas mãos e se lembrarem de que ganharam de nós.
Alguma coisa pequena, simples, ou grande, não importa. Aquilo que repartimos em
vida, será a nossa memória. Fico muito triste quando vejo pessoas tendo sede de
bens materiais, além daquilo que é necessário. Quando adquirimos um bem ficamos
felizes na hora. Depois de um tempo, esse bem se tornou parte da nossa rotina,
passamos então a desejar outro tipo de bem. A vontade humana é insaciável. De certo
ponto de vista, pode ser bom, pois o progresso da humanidade é feito também a
partir disso. Porém, a ânsia por bens materiais é muito negativa e destruidora.
Melhor é o pouco com paz, do que o muito sem ela. Concordo o sábio: “melhor é o pouco com o temor do
Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação” (Provérbios 15:16). Oro
de todo o meu coração, para que nossa alegria não esteja nos bens que
possuímos, mas nos valores eternos, como a amizade, a fraternidade,
solidariedade. Ajuda, Senhor!!!
Foto: Pesquisa Google.
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Texto publicado no Jornal de Assis, SP, em janeiro de 2019.
Obrigada, Senhor.
Obrigada, Senhor.
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