quarta-feira, 28 de outubro de 2015

É primavera!!!



É primavera! Que bom! Nunca gostei de frio. Uma vez fui a Gramado, RS, fazer um curso sobre cuidados com crianças carentes, promovido pela Kindernothilfe, da Alemanha, AMENCAR (Amparo ao menor carente) no Brasil. Era início do mês de maio, porém o frio já era tão grande, que tinha muita dificuldade de me deitar. A minha vontade era não tirar a roupa para dormir, dava vontade   de dormir com a roupa que estava vestida. Para levantar era um custo. Nas salas de estudo tinha lareira, mas que nada resolvia. Ficamos em uma pousada de frente ao Lago Negro, um local encantador. A beleza de tudo na cidade maravilhava, mas o frio dava dor. Na volta para casa, quando cheguei  em Bauru, SP, já perto de Penápolis, SP, onde eu morava, comecei a sentir o calor da região. Não tinha mais a beleza de Gramado, mas tinha o calor do Sudeste do Brasil. Ah! Que calor gostoso! Como eu sofri em Gramado naqueles dias, sei que também muitos já sofreram alguma vez com o frio. Qualifico nossas lutas, dificuldades, problemas, como um tempo de inverno em nossas vidas. Assim como a estação do inverno é útil, necessário para a natureza, como por exemplo: destruir as pragas, nossos invernos pessoais também o são. Eles nos ensinam a buscar a Deus, como o salmista nós clamamos: "Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa." (Salmos 57: 2). Assim, o sofrimento revela-nos a fragilidade humana, nossa dependência de outros e de Deus. É nessa hora, que com a alma buscamos socorro e o Senhor nos ouve, nos livra, nos dá sabedoria, discernimento, enfim, nos ajuda. Assim, a partir dos invernos, melhoramos. Sabemos que eles passam e chega a primavera, o tempo mais bonito de todas as estações do ano, onde a fauna e flora despontam abundantemente. Sem o inverno não tem primavera. É no inverno que as plantas resistem e geram para a sua proliferação. O escritor e filósofo francês, Albert Camus, prêmio Nobel de Literatura de 1957 disse: "E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível." Depois do frio intenso, com alegria falamos: "Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi" (Cânticos 2. 11). Podemos dar graças ao Senhor pelo tempo difícil de inverno, que vem, mas passa. O melhor de tudo é que o Pai Eterno está conosco, em todo o tempo, inverno e primavera. Por isso damos graças. Obrigada, Senhor!!!


Texto publicado hoje, 28.10.2015, no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor!!!

Foto: Pesquisa Google.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sabedoria da mulher do campo!!!

“Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e as suas palavras não foram ouvidas.” Eclesiastes 9.16.




Temos, no fundo de casa, um pedacinho de terra, onde plantamos sementes de mamão que nasceram. Deixamos duas mudas crescerem, pois o espaço era pequeno para todos. Um deles se entortou todo, buscando sol, pois tinha outras plantas que impediam o seu crescimento e não prosperou, enquanto o outro crescia bonito. Eu e meu irmão Jairo ficávamos admirando, felizes, quando começou a florir e os mamões nasceram e cresciam bonitos. Porém, um dia, ficamos tristes, percebemos que tinha dado uma doença nele, que não sabemos o que era; começou a amarelar as folhas e morrer. Lembrei-me de uma palavra da minha amiga e irmã, Da. Maria Aparecida, que falou que sua mãe trata de suas hortaliças com um pouco de desinfetante de uma determinada marca, dissolvido em um tanto de água. Resolvi fazer o mesmo com o mamoeiro. Deu certo. Folhas novas começaram a nascer e pude contemplar ontem várias flores nascendo. Meu coração pulou de alegria. Vim, imediatamente escrever, para testemunhar a sabedoria da mulher do campo, Da. Maria Zenaide, mulher sábia, de garra, corajosa. Dou graças ao Pai, por ter colocado em minha vida, pessoas tão especiais, que muito tem me ensinado e ajudado graciosamente. Obrigada, Senhor!!!

Foto: Pesquisa Google.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Ser, apenas ser, vale a pena!!!


A grande vantagem da velhice, embora eu não esteja tão velha assim, é o aprendizado que a vida proporciona. Desde criança, ouvia meus familiares dizerem: vivendo e aprendendo; a gente aprende até na última hora antes da morte! E por aí vai. São muitos os ditos populares sobre o aprendizado durante o passar dos anos. Hoje, depois de mais de meio século de experiência, concluo que é a pura verdade. Mas, o melhor de tudo, é quando aprendemos a valorizar aquilo que realmente vale a pena. Na segunda-feira, dia 12, Dia das Crianças, ouvi nossa irmã Carmo (Maria do Carmo Paes Ferreira Coelho) contar uma estória para crianças, em uma programação que foi feita em comemoração ao Dia das Crianças, em nossa igreja (Metodista), na Vila Ribeiro. Era a estória da nuvem triste. Ela não estava feliz, sua vida não tinha significado, não sabia para que existia, se sentia solitária, abandonada, em um grande céu azul. Um dia, quando estava chorando, viu um belo passarinho que passava por ela cantando. Ela determinou: vou ser um passarinho. Gesticulou-se toda e ficou como um passarinho. Ah! Na hora que abriu o “bico” saia apenas gotículas de água. Não podia cantar, não sabia cantar. Chorou amargamente; voltou à sua forma anterior, chorando mais do que antes. Depois apareceu uma estrela. Fez-se de estrela, mas não tinha brilho. Tristeza novamente. Apareceu um avião, se fez de avião, mas não tinha motor.  Tristeza geral! Depois viu um foguete, se fez de tal. Imaginem a frustração da pequena nuvem. Um foguete é que ela jamais conseguiria ser. Precisava de um poder inimaginável! Chorou tanto, mas tanto, que suas lágrimas caíram na terra, numa chuva incessante. Após muito chorar, ao limpar os olhos, olhou para baixo e viu muitas plantas, flores e frutos se valendo de suas lágrimas. Aí, sorriu feliz, descobriu finalmente a que veio ao mundo: ser instrumento de vida. E foi feliz para sempre. Assim, somos nós. A estória confirmou aquilo que já aprendi na vida. Quando queremos ser o que não somos, só sofremos. Estou cansada de ver pessoas que desejam ser como outros, não valorizam a si mesmos, sentem inveja, se metamorfoseiam, são cada dia mais infelizes. Deus nos fez diferente, apenas isso, não somos nem maiores e nem menores do que os outros, somos únicos. Podemos nos parecer uns com os outros, mas nenhum de nós tem a mesma impressão digital. Isso não é para alimentar a nossa soberba, mas para nos fazer enxergar humildemente que cada um é cada um, preservando a nossa individualidade. Com a minha ‘velhice’ tenho aprendido que essa estória da nuvem se repete em quase todos os departamentos de nossa vida, em casa, na família, no trabalho, na igreja (por quê não?). Nem sempre estamos satisfeitos com o que somos e temos. O aposto Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (1 Coríntios 3.6,7). Vejam só, havia partidos na Igreja de Corinto. Falando claramente, havia quem queria ser melhor que o outro. Paulo clareia tudo: ninguém é melhor que ninguém. É Deus quem tudo faz, nos dando a vocação, a capacidade, para sermos a “nuvem” que somos. Devemos apenas, única e exclusivamente, exercermos a nossa vocação, o nosso chamado. Oro, para Deus nos tornar “nuvens” felizes, que fazem “plantas” felizes.  Ajuda, Senhor!!!

Texto publicado dia 14.10.2015, no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor!


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O diálogo

Quando era criança, via as mulheres sentadas, em roda, conversando, nas calçadas das ruas, em frente suas casas, ou das casas das vizinhas. Ficava admirando o tanto que falavam. Pensava comigo mesma: "quando for grande vou também fazer isso". Conjecturava sobre que assuntos teciam tanto, parecia que não tinha fim. Minha mente divagava. Um dos maiores recursos disponíveis aos seres humanos é o poder da comunicação. Porém, devemos fazer bom uso dele. É por seu meio que crescemos, aprendemos, adquirimos recursos. Enfim, devemos proporcionar aos outros nossos ouvidos e boca, com sabedoria, discernimento, cuidado, zelo, etc. Relacionamo-nos com quem gostamos, repartimos experiências. Cada dia que passa, através dos diversos meios de comunicação, fica mais fácil a comunicação humana. Podemos fazer bom uso dela quando quisermos, porém devemos saber bem o que devemos falar, temos que ter o máximo de cuidado com cada palavra proferida ou escrita. O aposto Paulo escrevendo à igreja em Colossos diz: "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um." (Colossenses 4.6). Há um cântico cristão chamado Palavra não foi feita para dividir, escrito por Irene Gomes que descreve claramente a importância da palavra. Veja: “Palavra não foi feita para dividir ninguém, palavra é uma ponte onde o amor vai e vem, onde o amor vai e vem. Palavra não foi feita para dominar, destino da palavra é dialogar, palavra não foi feita para opressão, destino da palavra é união. Palavra não foi feita para a vaidade, destino da palavra é a eternidade, palavra não foi feita p'ra cair no chão, destino da palavra é o coração. Palavra não foi feita para semear a dúvida, a tristeza e o mal-estar, destino da palavra é a construção de um mundo mais feliz e mais irmão.” O pastor, conferencista, escritor T. L. Osborn falou: "Creio que as palavras são sementes, pois têm a capacidade de produzir o que dizem. São energizantes." O sábio Salomão escreveu: “A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra.” Provérbios 12.25 Veja só, uma boa palavra alegra quem está com o coração ansioso. Escreveu mais: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Provérbios 25.11. Disse também: “O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo!” Muitas outras coisas escreveu acerca do poder da palavra, porém, citamos apenas essas. É claro que todos sabem da importância das boas palavras, mas, nem sempre atentamos para o quê e como falar. Oro com minha alma, para o Espírito Santo nos ensinar diariamente, para que nenhum mal surja ou prospere através dos nossos diálogos, e sim, apenas bênçãos, é o que desejamos para todos. Ajuda, Senhor!!!


Texto publicado dia 07.10.15, no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor!


A graça de Deus!!!


Em toda a vida e tempo Deus nos ajuda. Às vezes estamos desanimados, tristes, cansados, sem esperança de melhora e Deus entra com a sua providência. Na maioria das vezes os nossos medos são em razão da nossa falta de oração e confiança no que nos diz a Palavra de Deus. Ter a palavra gravada em nosso coração (decor) é uma grande arma contra as nossas tristezas e inseguranças. A palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos (Sl 119. 105). Na escuridão da dor a palavra brilha, ilumina a vida, incendeia o coração. Orar crendo na palavra muda nossa intercessão. Oramos crendo que receberemos porque sabemos que estamos pedindo o certo, de conformidade com a vontade de Deus, aí não tem como não receber, pois Deus dá ao que pede em conformidade com a sua palavra, sem sombra alguma de dúvida. Mas o melhor de tudo é que como disse John Wesley: “Deus está conosco!”. A sua maravilhosa graça é sobre nós em todo o tempo. Naqueles momentos mais tristes, em que estamos nos sentindo tão fracos, é que o poder de Deus é manifesto grandemente em nossas vidas. Em seu sofrimento o apóstolo Paulo buscou a Deus e Deus lhe disse: “ A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza...” Reconhecendo a suficiência da graça o apóstolo disse: De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”. (2 Co 12. 9). Essa é a resposta da fé e a fé, como tudo na vida, é uma escolha humana, escolhemos crer ou não crer. Tenho feito essa escolha para a mim, pois conheço o amor de Deus, desse amor não me canso de falar, pois é ele que me sustenta, que me faz crer para viver, pois “creio que Deus sempre se voltará para você de uma maneira especial se você simplesmente ousar crer nele.” (Smith Wigglesworth). Oro, sinceramente, para o Espírito Santo operar uma fé genuína em nossos corações, uma fé que alimenta, sustenta a vida, fortalece a nossa alma. Ajuda, Senhor!!!

Texto publicado dia 30.09.15 no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor!