"Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória pois a Ele, eternamente. Amém." Rm 11. 36
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Medíocre!!!
Estou cansado, mas nem mil camas poderiam
me dar o descanso que preciso.
Estou exausto, mas nem mil noites conseguiriam
me dar o vigor que necessito.
O que é nossa vida?
Somos um vento que vem e logo passa.
Somos uma flor que murcha e perde sua graça.
Somos... Fomos.
Há uma razão nisto tudo?
Procuro um motivo.
Um vislumbre de alegria.
Sentir-me vivo.
Viver o que penso que faria.
Mas no que resulta tudo isso?
Tudo é passageiro
Nessa máquina de ilusões
Sinto-me um estrangeiro
Sem entender direito as direções.
E do que vale tudo isso?
Vaidade sobre vaidade
Distraímos-nos da seriedade
Criamos nossa própria felicidade
Tememos a idade.
E como ver tudo isso?
Meus olhos não são mais coloridos
Perdoe-me eu falhei em tentar
Ser a pessoa com olhos distraídos
Tudo que vejo não agrada meu paladar
O que é a minha vida?
“Medíocre! Medíocre!”, gritam pra mim as crianças.
“Medíocre! Medíocre!”, falam pra mim as damas.
“Medíocre! Medíocre!”, cochicham pra mim as senhoras.
“Medíocre! Medíocre!”, sussurram pra mim as sepulturas.
Isso é tudo?
Um cristão mediano.
Um aluno mediano.
Um profissional mediano.
Sempre na média, sempre medíocre.
De onde vem?
Esses vislumbres de grandeza?
Esse desejo mais profundo
De sentar-me a mesa
E não ser mais um no mundo?
Do que serve?
Esse desejo de mudar?
De tornar-me uma revolução
Que não seja volátil como o ar
Que não seja vil como um cão?
Sou eu, então o mais triste dos homens?
Certamente eu sei que Nabucodonosor
Levantar-se-ia e diria que não conheço o pó
E outra testemunha afirmaria que não sei o que é dor
E sei que esta outra pessoa seria Jó.
Haverá, portanto, esperança?
Certamente estes mesmos homens que beijaram a morte
Testemunhariam que Ele é soberano e que vive
E que ainda é poderoso para mudar minha sorte
E não deixará o seu santo conhecer a destruição vil e triste
E o que dirá você?
Que sou desvairado, louco, negativista e caxias?
Pressupõe que detém toda verdade?
Ah, meu amigo, não me venha com palavras vazias
Entenda que o que busco vai além, chama-se realidade.
O que é sua vida?
Alguém sabe a saída?
De Vinícius Musselman Pimentel.
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