Taciana, à esquerda e Natália, à direita |
No final de abril de 1996, sofri um
acidente de carro, onde morreram na hora minha filha Taciana de 11 anos, a
Creuza, uma jovem senhora, nossa grande amiga, que viajara conosco. Dez dias
depois faleceu a Natália, que estivera em coma e na UTI em Araçatuba, SP. Eu
quebrei cerca de oitenta por cento do corpo, fiquei na UTI, em coma induzido
alguns dias, em Penápolis, SP, onde morávamos. Não havia nenhuma certeza da
minha sobrevivência, depois não havia nenhuma certeza que eu voltaria a andar. O
casamento acabou. Foram dias de indescritível sofrimento e dor. Várias vezes eu
clamei pela morte. Era muito alto o preço pela sobrevivência. Havia um
sentimento de culpa imensurável, pois eu que estava dirigindo o carro
acidentado. A saudade das filhas doía a alma. O coração chorava e gritava,
ansiando por consolação e força. Nada me
restara senão a fé. Louvo a Deus especialmente pela Igreja Metodista em
Penápolis, SP, pelas demais igrejas, independente de nomenclatura, pela
família, irmãos e amigos, que oraram incessantemente por mim. Tios e tias de
Olímpia, SP, me hospedaram e cuidaram de mim nos meses subsequentes. Enfim,
sobrevivi, sai da cadeira de rodas, deixei o andador e por último as muletas.
Fácil, não foi, nem por um momento. O pior de tudo era estar só, não ter mais
as filhas para abraçar. Elas eram o meu tudo. Pois bem, e agora? Tinha que
continuar a vida, continuar o trabalho. Não havia como desistir. Precisava
continuar. Nesta hora, somente a graça de Deus, o Espírito Santo para
ajudar. Toda a ajuda humana era bem-vinda, mas o
problema estava no mais profundo, onde apenas o Espírito Santo podia tocar. E
tocou! Aleluia! Ah! Como tocou!!! Hoje, vinte e sete anos depois, estou aqui
para testemunhar que seja em que momento for, a graça de Deus nos assiste, o
Espírito Santo nos fortalece, levanta e ajuda a caminhar. O salmista bem sabia
disso quando disse: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente
na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os
montes se transportem para o meio dos mares. Ainda
que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua
braveza. ” Salmos 46:1-3. Posso dizer,
com toda certeza, que sobrevivi, vivo e viverei unicamente pelo amor e poder de
Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, a quem sou e serei eternamente grata.
Obrigada, Senhor!!!
Texto publicado no Jornal de Assis, Assis, SP, em março de 2023.
Obrigada, Senhor!!!
Foto: Taciana, à esquerda e Natália, à direita..
Boa tarde pastora e familia, sou testemunha viva de td que aqui esta escrito,e posso dizer que a FÉ remove montanhas, pq a pastora Railda viveu pela FÉ e hoje pode dá esse maravilhoso testemunho de vida.Deus o abençoe hoje e sempre pastora🙏🙌🏼❤
ResponderEliminarAmém Amém e Amém. Quem falou?
EliminarMeu Senhor ,q linda essa FÉ, por tão menos eu faço um alvoroço, qd tive o câncer, em nenhum momento tinha vontade de não lutar ,fui inspiração para outras " amigas do peito" , más agora estou sofrendo com eventos adversos pós quimio, limitações e dores crônicas, peço orações para Fé no NOSSO DEUS VIVO ,pq por muitas vzs pensei em parar de tomar remédios, não ti há mais sentido viver ,más com a Graça de Deus, luto com minhas dores ,más LUTO , sei q como uma história dessa q acabei de ler ,eu reconheço q meus problemas são menores ,peço Paz e Harmonia com filhos e noras ,acabei de ganhar meu segundo neto Lucas ,nasceu dia 12/05, Gratidão Deus, por td 🙏🙌
ResponderEliminarOi querida Edely, continue lutando. O Senhor é contigo. Obrigada por tudo. Abraço carinhoso.
ResponderEliminarPastora, querida! A Sra. É inspiração, é amor, é exemplo de superação! Que orgulho em conhecer a Sra. Aqui fala a Karina. Te amo!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO Homem de Dores (Isaías 53:3) esteve e estará sempre presente! Te amo pastora!
ResponderEliminarAmém.
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