quinta-feira, 12 de março de 2015

A doçura nas palavras: "oi, velhinha da minha vida"

"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo." Provérbios 25.11.



Palavras adoçam ou amargam a nossa vida. No domingo (08.03.2015), recebi as mais doces palavras dos meus últimos dias, vindas da boca de uma criança que eu não conhecia, no Supermercado Avenida Max. Estava entrando, apressada, quando ouvi o João Pedro  (2 anos e meio) dizer doce, suave, carinhosa e alegremente: "oi, velhinha da minha vida". Seu pai Felipe, o pegou nos braços e disse: "não fala assim", pensando que eu ficaria chateada de ter sido chamada de velhinha. Um dia, Rubem Alves, pastor, educador, psicanalista, disse que tomou consciência da sua velhice quando uma jovem deu lugar para ele no metrô em São Paulo. Pois bem, eu já tenho consciência da minha velhice há algum tempo, as doces palavras do João Pedro, apenas a confirmaram. A doçura, o encanto, com que estas palavras foram ditas me causaram um grande prazer. Uma criança, tão pequenina, sem me conhecer, olhar para mim e dizer que eu sou a velhinha da vida dele, me deu uma alegria indescritível. Conversando com sua mãe, ela disse que normalmente as pessoas ficam chateadas de serem chamadas de velhas e então, concluímos, que só não fiquei chateada pela forma que foi dita. Se ele tivesse dito: "oi, sua velha", talvez eu tivesse me condoído, mas ouvir dizer, com carinho "minha velhinha", foi uma honra. São fatos assim que comprovam que uma palavra boa é como maçã de ouro em salvas de prata, como diz o texto de Provérbios acima. Com nossas palavras formamos pontes ou criamos barreiras, abençoamos ou amaldiçoamos. A forma como as expressamos também faz a diferença. Falar o certo, na hora certa, do modo certo é o nosso grande desafio. Que Deus nos dê sabedoria para abrirmos a nossa boca. Que pronunciemos apenas palavras que edifiquem, em nome de Jesus.

"A ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como o são umas poucas palavras boas." Sigmund Freud.

Foto: Pesquisa Google.

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