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sábado, 28 de outubro de 2017

Aposta perdida!!!



Há pouco mais de um mês fiz uma aposta com meu irmão Jairo (in memorian). Tinha 62 anos, morava comigo, estava doente e havíamos marcado consulta com um excelente médico de Campinas, SP, onde moramos. Um dia antes da consulta, estávamos sentados à beira da mesa da cozinha conversando, quando deu alguns gemidos de dor. Então, eu disse: - Amanhã iremos ao doutor e daqui uma semana você estará sentado aí todo feliz. Ele respondeu – Ou em outro lugar. Eu o desafiei: - Vamos apostar? Desafio aceito. Apostamos R$ 200,00 (duzentos reais). Claro que era puramente uma brincadeira, mas lógico que eu ia querer meus duzentos reais, com um pedido de perdão a Deus. Fomos ao médico, foi bem tratado, medicado, internado, mas faleceu. Pois bem, eu perdi a aposta. Cumpriu-se sua palavra. Foi para o Céu, sobre o qual ele tanto pregou. Era um pregador evangélico por excelência. Só tinha um problema: pregava por um tempo maior do que minha mãe Vilma (in memorian) e outros queriam ouvir. Isso porque queria contar tudo que sabia de Deus, da fé, da sua experiência de oração, intercessão, conhecimento bíblico de uma vez só. Tinha muito para dizer e quando tinha gente para ouvir, pouca ou muita, falava bem e bastante, com gosto e maestria. Não falará mais, quem ouviu por ele ouviu, se aceitou ou não suas palavras, não importa, o que importa é que anunciou o Evangelho, que é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. Ah! Como eu gostaria de ter ganhado a única aposta com dinheiro que fiz em toda a minha vida. Mas não choro porque perdi a aposta. Choro porque não está mais comigo o irmão que eu tinha para brigar, fator primordial para o aprendizado do exercício da convivência humana; quando aprendemos a viver de igual para igual, cumprindo nossos deveres e lutando pelos nossos direitos. Estou chorando por infinitas razões além dessa. Enquanto choro; oro, enquanto oro; choro, como me ensinou sua filha, moça bonita, Nelisa, na busca de consolo. Assim, eu e todos, familiares e amigos, iremos seguindo a vida, aprendendo a lidar com a morte, a mais terrível realidade da vida, que por mais constante que seja nunca nos habituaremos a ela, é nossa inimiga, ainda que vencida na cruz, por Jesus Cristo de Nazaré. Graças a Deus, que, agora, por enquanto, podemos continuar vivendo, através das virtudes eternas: “a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor” (1 Co 13.13). Obrigada, Senhor!!!

Texto publicado no Jornal de Assis, no dia 11 de outubro de 2017.
Ajuda, Senhor!!!

sábado, 21 de outubro de 2017

Continuo sonhando apesar de tudo

"... ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria." 1 Coríntios 13:3.






"Ainda acredito numa espiritualidade que nos torne mais humanos, mais próximos de Deus, das pessoas e de todo o meio ambiente de que somos parte; que possa gerar mais vida do que lucro material; mais virtudes do que sucesso; mais amor às pessoas do que apego às coisas; mais solidariedade do que competição; mais integridade do que religiosidade; mais renúncia do que egoísmo. Continuo sonhando ... Uma espiritualidade que combata toda forma de injustiça e opressão." (Pr. Carlos Queiroz). Eu também acredito! Essa espiritualidade é meu sonho desde a minha experiência pessoal com Deus, que ocasionou o meu chamado para a obra missionária. Na Faculdade de Teologia ela foi ampliada pelo viés da Teologia da Libertação. Aliás, o que me moveu para a Teologia da Libertação, foi o descaso de um dos líderes do movimento carismático para com um moço pobre que passou perto de nós pedindo. Ele era meu grande amigo na época, eu quase o idolatrava como cristão, Porém, seu desamor para com o nosso próximo me fez repensar o Movimento Carismático da Faculdade de Teologia, do qual eu era representande no Centro Acadêmico João Wesley (CAJW). Após o episódio, reconheci naquele que eu considerava herege, um dos representantes da Teologia da Libertação, Prof. Ely Eser Barreto César, um cristianismo mais afinado com o Evangelho. Hoje, não sou do Movimento Carismático, nem da Teologia da Libertação, por influência do meu querido Bispo-pai, Rev. Scilla Franco. Antes, busco de toda a minha alma, a espiritualidade que sempre sonhei, como o Pr. Carlos Queiroz bem sintetizou acima. Sonho e a busco com minhas forças, para mim e para a Igreja que pastoreio. Ela existe e pode se multiplicar infinitamente pela ação real do Espírito Santo! Ajuda, Senhor!!!

Foto: Pesquisa Google, desconheço a autoria.