No dia do casamento os noivos
prometem amor eterno. Lamento informar que não vi até hoje nenhum casamento com
duração de vinte anos em que isso seja verdade na plenitude da palavra. Em sua
plenitude, entendo que quando o amor é eterno, subentende-se que além de eterno
é único, não há traição, nem sequer ideia de traição, não há maus tratos,
desrespeito, etc. Já vi, porém, gente mentindo que teve um casamento ótimo, que
o marido era sensacional, e assim por diante. Porém, quem conheceu bem os (as) mentirosos
(as) sabe muito bem das questiúnculas e mazelas que tiveram. Nas festas de
Bodas de Prata, de Ouro, etc., é uma falação de elogios que falam apenas do
lado bom do casamento. Não condeno. É assim que tem que ser mesmo. Já vi também
muitas pessoas chorarem sentindo falta do cônjuge que morreu, chorando,
lamentando a morte daquele que lhe fez mal, pouco ou muito, até traiu. Também
não condeno, porque depois que morrem todos viram santos. Na verdade, essa
estória de amor eterno no casamento é um mito, muito bem tratado no livro O
complexo de Cinderela (Colette Dowling). Toda mulher acha que é uma cinderela e
que seu marido é um príncipe encantado. Bobagem. É esse mito que provoca muitas
vezes as mais terríveis frustações em mulheres. A mulher tem que se saber que
aquele pobre homem com quem se casou não é nenhum príncipe encantado, é um
simples mortal com tanto defeito que só a graça de Deus. O contrário também é
verdadeiro. A mulher não é nenhuma cinderela, é uma simples mortal, com tanto defeito
também, que só a graça de Deus para a manutenção de um casamento. Um casamento
é a mais dura de todas as tarefas dadas aos homens. Mas, ainda há esperança. Se
há um desejo de manter a família, a despeito de tudo, precisamos buscar o amor
de Deus, para que ele em nós, opere o milagre do amor ágape que ajuda o homem
na superação de suas mazelas. O amor de Deus não é uma falácia, é uma verdade
que pode ser experimentada na vida de quem crê e busca, é sua palavra que nos
garante: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno
te amei, por isso com benignidade te atraí. ” (Jeremias 31:3). Entendo que o
amor de Deus é o recurso para tudo na vida e a prova de que tivemos uma
experiência real com o Pai do Céu, pois “ ... nós conhecemos, e cremos no amor
que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. ”
(1 João 4:16). Sou capaz até de afirmar que casamento sustentável só com a
ajuda do Eterno. Ajuda, Senhor!!!
Texto publicado no Jornal de Assis, em março de 2022.
Obrigada, Senhor!
Foto: Pesquisa Google.
Sem comentários:
Enviar um comentário