Rosilene, você partiu hoje, partiu antes de mim, foi morar no Céu, primeiro que eu. Isso é covardia. Mas, tudo bem, as lembranças que tenho de você, com você, me fazem te perdoar. Te amo tanto. Sabe, Rosilene, me lembro de quando éramos crianças e você, o Ailton, o Alcir, seus irmãos, foram na casa de Nova Granada, nos fundos da Igreja Metodista, onde morávamos, porque a mamãe era a zeladora, e um dia, em uma de nossas poucas brigas de infância, eu lhe disse: - Você não é nada minha. Prontamente você chorando respondeu: - Sou sua prima! Acabou naquele instante a briga. Eu não sabia o que responder. Isso ficou gravado em minha memória, de tal maneira, que jamais esquecerei. Me lembro de quando eu sofri o acidente trágico em 28 de abril de 1996, você prontamente pediu licença do emprego e foi ficar comigo em Penápolis, SP, lugar onde eu morava. Me lembro de você me levando em um dia de maio do mesmo ano, à Marcha pra Jesus, empurrando minha cadeira de rodas. Me lembro de um dos momentos da Marcha, eu e você, com as mãos erguidas aos céus, gritamos: - Glória a Deus!!!! Momento sagrado, sublime, inesquecível. Me lembro de você entrando na UTI móvel, contratada pelo Tio Alair (in memoriam), eu já havia sido colocada deitada, para me levar para Olímpia, onde eu seria cuidada por longos meses, por você, pela Tia Carlinda (in memoriam), pelo Tio Rosa (in memoriam) e pela Tia Shirley (in memoriam). Depois que melhorei, graças a Deus, fui inúmeras vezes à sua casa em Olímpia, em Ribeirão Preto e finalmente em Campinas. Trago em minha memória fatos incríveis, acontecidos nessas casas. Alguns de rir, outros de chorar. Me lembro, das vezes que compramos o pão de cada dia com as moedas que tínhamos, no Super Mercado da Vila Virgínia em Ribeirão Preto. Aprendi com você que as verdades nem sempre podem ser ditas ou publicadas. Você, de fato sabia viver. Me lembro incontáveis fatos acontecidos em Campinas, nos anos de 2016 a 2019, quando lá morei também. Me lembro dos nossos almoços, em minha casa ou na sua. Me lembro das terças-feiras em que eu ia com você, te ajudar no Bazar Solidário da Igreja Metodista em Campinas. Me lembro de você ajudando tantas pessoas, incontáveis, tirando dinheiro seu para socorrer vidas que estavam em desgraça. Me lembro de você encontrando Casa de Recuperação para um irmão, me socorrendo, pois o problema era meu. Tenho tantas coisas ainda na memória, mas quero terminar aqui, louvando a Deus, pelo lindo dia que você chegou com o Adayl, na casa de Assis, para ele pedir a sua mão em casamento para a mamãe, a matriarca da família Marinho. A mamãe, com alegria lhe disse sim e recomendou: valorize esse homem ... Você a ouviu direitinho. Glória a Deus por isso e pelas tantas outras coisas, inenarráveis, porque não há palavras e nem papel suficientes para descrevê-las todas. Minha gratidão infinita, eterna a você, prima do meu sangue e irmã do meu coração. A Deus, toda honra, glória e louvor. Obrigada, Senhor!!!!!!!!
Foto: na Igreja Metodista em Campinas. Desconheço a autoria.
Ela é e sempre será essa pessoa maravilhosa coração imenso sentia a dor do próximo em si ajudava sem medir esforços, temente a Deus mulher honrada, sempre uma Rocha, nunca desamparou ninguém, destemida, guerreava qualquer batalha na linha de frente... Gratidão meu Deus por ter a honra de ter a melhor mãe do mundo 🙌🏻 🙏🏻
ResponderEliminarExatamente assim que era, minha querida Maraiza.
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