Conheci uma pessoa que uma hora dizia uma coisa e outra hora dizia outra coisa, completamente diferente do que havia dito antes, a respeito de alguém ou de algo. Dependendo das circunstâncias era sim, ou era não. Se fosse vantajoso, seria sim, se não fosse, seria não. O caso era para ficar bem com todos. Meu irmão Jairo (in memoriam) dizia que isso era política. Pois bem, acho na verdade, que isso é muito feio. Reconheço , porém, que é difícil você dizer a verdade sempre, nos relacionamentos, na conversa do dia-a-dia. Rubem Alves dizia que a mentira faz parte da sobrevivência em grupo, que era uma arma de defesa. Ariano Suassuna também defendia a mentira (https://www.youtube.com/watch?v=R1IUt-CAgSw). Talvez eu seja muito rígida, por conta do meu conhecimento bíblico, onde a mentira é condenada veementemente. Talvez porque o ramo da teologia em que fui formada diz que não há pecadinho, tudo é pecado. O dicionário é duro, me diz que quando digo uma coisa, contrária à verdade, ao que realmente penso, estou sendo falso, fingido, dissimulado, enganoso, mentiroso, desleal, traidor, etc. Dureza pura, sem mistura! Talvez, quem defina a mentira como algo necessário, esteja pensando nela como um ato de educação. Por exemplo, alguém, faz um corte de cabelo e pergunta se nós gostamos. Por educação, respondemos que sim, ainda que nem tenhamos percebido que a pessoa cortou o cabelo. E, pior, se não gostarmos do corte? Neste caso, foi uma mentira, ou não foi? Claro que foi uma mentira. Mas, eu poderia dizer a verdade? As coisas realmente são complicadas nesse quesito. Ajuda, Senhor!!!!!!!
Foto: pesquisa Google.