Trago boas lembranças de quando criança, quando morava na Fazenda Ponte Alta, onde nasci, município de Altair, no Estado de São Paulo. Era uma linda fazenda, dada pelo governo em comodato aos ingleses da Companhia Anglo. Era uma alegria indescritível quando os ingleses chegavam de avião. A criançada, entre elas eu e meus primos, corria para ver. Meu pai e primos eram colonos. O vovô era o guarda-livros (contador), o Sr. Juca Marinho (in memorian), de quem eu tinha o maior orgulho. Por conta da função, morava numa casa bem melhor, maior, mais bonita que a nossa, dos simples colonos. Meu maior gosto era ir para a casa do vovô e da vovó. Tinha tanque de peixes, lago, horta enorme, banheiro com chuveiro, água encanada, banheira. Para mim, era casa de rico. Ficaria horas descrevendo um pouco das boas lembranças da minha infância. O que quero trazer à memória é a simplicidade da vida no campo e o bom relacionamento de todos. Quando alguém encontrava um ao outro diziam: - Passa lá em casa. - Vou sim, era a resposta que vinha. Quando alguém passava em frente das casas se dizia: Vamos chegar!!! A pessoa entrava ou se não pudesse dizia: - hoje não dá, outra hora eu venho. Hoje, não se ouve mais isso. Infelizmente. Pelos bons tempos de criança, dou graças ao Pai. Obrigada, Senhor!!!
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