Podemos encarar a vida como uma
peregrinação ou como um turismo. A pergunta que nos mobiliza é: “Estou aqui
para fazer o quê?” Na maioria das vezes queremos estar aqui no mundo para
“gozar a vida” e não “fazer a vida acontecer”. Se encaramos a vida como uma
peregrinação teremos objetivos, ideais, pelos quais vale a pena lutar. Porém se
a vemos apenas como uma oportunidade de fazermos turismo o que nos mobiliza é o
prazer, a busca pelo bem estar, pela novidade. Penso que é muito triste quando
esta ideia de vida toma conta dos cristãos. Achamos que Deus deve nos dar os
melhores pontos turísticos para nos agradar, satisfazer nossas vontades e nos
proporcionar grande prazer em viver. Penso que isto está totalmente ao
contrário do que Deus pensa e espera de nós. Fomos colocados no mundo para
estabelecer o Reino de Deus na terra, o que aproxima da ideia de peregrinação e
não de turismo. O apóstolo Paulo compreendendo bem que a vida não é uma
estância turística declarou: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque
aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado
como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho
experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.10-13). Aprender a estar
contente em todo o tempo é o grande desafio para os peregrinos da terra. Não
temos aqui morada permanente, estamos aqui, peregrinando, levando a preciosa
semente do Evangelho até o Dia Final. Que o Senhor nos ajude a peregrinar em
segurança, com esperança, em paz, com amor; vencendo os desafios e intempéries
na estrada da vida.
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