Confesso que tenho muita dificuldade em aceitar algumas coisas em nossa sociedade, porém, não tenho o direito de não respeitar a liberdade de pensamentos e de escolha. A liberdade é uma das melhores coisas que podemos ter na vida, porém, a liberdade do outro deve ser primordial para nós. Voltaire disse: “Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo.” Sei que Deus nos criou livres, para o amor e a convivência amorosa e pacífica. Conviver pacificamente com o outro é talvez o maior desafio para a sociedade humana. Nela estão inseridas pessoas diferenciadas por etnia, religião, pensamentos, gostos, caráter, personalidade e muito mais. Em uma sociedade de patos só tem patos, de leopardos, só tem leopardos. Agora, conviver com o outro, é talvez o grande drama humano. Penso que apenas o amor pode superar as diferenças e não é qualquer amor não, apenas o amor ágape, amor de Deus e garantir a liberdade de todos. É comum pensar que a justiça garanta a liberdade, pode ser que garanta, mas promover não. Quem promove, faz acontecer a liberdade é o amor. Jiddu Krishnamurti, (1895 - 1986) filósofo, escritor, e educador indiano disse: "Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade." Um dos textos mais belos da Bíblia é do apóstolo Paulo sobre o amor. Ele diz: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. ... Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." (1 Coríntios 13:1-13). O apóstolo Paulo e o filósofo Jiddu valorizam o amor plenamente. Eu também. Sei que nada somos sem ele, andamos cambaleantes, mortos em vida, quando não amamos e não somos amados. Que o Eterno opere abundande amor em nossos corações, a fim de vivermos em paz e liberdade, é o meu clamor. Ajuda, Senhor.
Texto publicado hoje no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor.
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