sábado, 13 de março de 2010

Por amor à minha mãe e à minha consciência.

"Deus ficou satisfeito e disse: 'que a terra faça brotar toda espécie de ervas e de plantas' ..." Gn 1: 11

Tenho em casa plantas que minha mãe e minha irmã plantaram. Minha mãe morreu, minha irmã foi morar em Bertioga, SP. - E agora, o que eu faço com estas plantas? Eu me perguntei. Acho que vou ter que colocar na minha agenda de trabalho cuidar de plantação também, eu conclui. Penso que por amor à minha mãe e à minha consciência devo dar uma atenção especial às samambaias, antúrios, orquídeas e outras herdadas. Confesso que não tenho muito tempo para fazer isso, mas não tenho outra alternativa. Cheguei a pensar em colocá-las na calçada de frente de casa para quem quisesse e pudesse levar embora, mas não tive coragem. Quando me lembrei da mamãe, do seu amor, cuidado para com elas, desisti, não tive coragem. Então, agora tenho mais uma ocupação, jardinar. Rubem Alves ama fazer isso, jarginagem é seu hobby predileto, o meu não. Mas agora espero adquirir o mesmo gosto que minha mãe tinha. O Eterno me ajudará, com certeza.


"Quando as palavras fogem, as flores falam."

Bruce W. Currie

7 comentários:

  1. Linda a mansagem, pois demonstra sensibilidade! Chel.

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  2. Obrigada, Dra. Rachel. É uma grande alegria e honra tê-la em visita e interação no meu blog. Sua opinião para mim é muito importante. O Senhor te abençoe muitíssimo... Abreijos.

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  3. Que bom que a senhora não colocou na calçada.
    Quando eu era criança, ganhei uma planta de uma amiga, e eu toda orgulhosa queria cuidar da planta, mas ela começou a morrer, e eu comecei a ficar desesperada...
    Mas tive um salvador, meu pai, cuidou da planta tão bem, que temos essa planta até hoje, e eu que sempre achei que não tinha jeito nenhum para as fulanas, afinal, estou a me revelar...como sabe, vivo numa zona rural, e o que mais ganho aqui, além de verduras e frutas, são flores, plantas e mudas, e as benditas, não é que estão bonitas? rsrsrs

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  4. O Jardim (Rubem Alves)
    Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma... Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas... São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.
    ***************************************************
    Este pequeno poema de Cecília Meireles me encanta, é o resumo de uma cosmologia, uma teologia condensada, a revelação do nosso lugar e do nosso destino:

    "No mistério do Sem-Fim,
    equilibra-se um planeta.
    E, no planeta, um jardim,
    e, no jardim, um canteiro:
    no canteiro, uma violeta,
    e, sobre ela, o dia inteiro,
    entre o planeta e o Sem-Fim,
    a asa de uma borboleta."

    Metáfora: somos a borboleta. Nosso mundo, destino, um jardim. Resumo de uma utopia. Programa para uma política. Pois política é isto: a arte da jardinagem aplicada ao mundo inteiro. Todo político deveria ser jardineiro. Ou, quem sabe, o contrário: todo jardineiro deveria ser político. Pois existe apenas um programa político digno de consideração. E ele pode ser resumido nas palavras de Bachelard: "O universo tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso." (O retorno eterno, p 65).

    *Gosto demais desse escritor.creio que lhe fara muito bem cuidar das plantas,são obras de Deus,com carinho,Claudia Mello.

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  5. Querida Claudia, muito obrigada, que coisa linda. Como você está? Me envie notícias. Sabe, você precisa fazer um blog também. Você escreve muito bem. Saudades. Te amo. Abreijos.

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  6. Querida Cíntia, penso que foi o Espírito Santo que não me deixou fazer isso, só pode, porque minha humanidade inteira dizia: bota na calçada. Pense bem um pouco, com tantas coisas que tenho para fazer e invento outras imagine eu parando cuidaando de planta. Só poderei fazer isso mesmo com a ajuda do Eterno. Conto com Ele. Ore por mim, para Deus me capacitar a amar as plantas, saber cuidar, cuidar com gosto. Saudades de você minha menina. Hoje a tarde tivemos oração do Projeto Débora e orei e pedi oração por você, Amadeu e Ana. O Senhor te abençoe muitíssimo... TE AMOOOOOOOO!!!!!!Abreijos.

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  7. Querida Dra. Rachel, o amor à minha mãe, saudade dela, me fez desistir da idéia de jogar as plantas na calçada. Acho que isso não é sensibilidade, rs. OBrigada por passar por aqui. Te amo. Abreijos.

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