Quanto vale?

Quando vamos comprar algo que queremos ou precisamos, perguntamos o preço. Para comprarmos precisamos saber quanto custa, pois, depende do dinheiro que temos disponível no momento. Nem sempre vamos poder adquirir algo na hora que desejamos. O custo elevado, às vezes, nos obriga a deixarmos para depois a aquisição do bem. A verdade é que nem tudo que queremos podemos comprar. Muitas vezes nossos sonhos estão além de nossas possibilidades. Serão sonhos frustrados, possivelmente. Vamos aprendendo a perder pela vida, sem crise. Devemos aceitar a realidade que está distante do sonho. Viver assim exige maturidade. Se não aceitarmos as frustrações dos sonhos, seremos como crianças mimadas, que choram e fazem birra, o que é muito feio. A obtenção de algo depende das circunstâncias, das diversas possibilidades. Queremos muito, algumas vezes, algo, que não nos foi possível ter, ou adquirir. Ficaremos triste, com certeza, porém, temos que conviver com o fato. Não foi possível, não tem problema, vamos viver de alguma forma, em alguma medida, sem aquilo que desejávamos. Perder, não ter, são fatos inegáveis da vida. A vida com Deus é uma grande ajuda para o enfrentamento dessa realidade. Sem Deus, somos tão limitados, sem força. Com Ele, podemos viver os momentos felizes e os momentos difíceis da nossa jornada nesse mundo cruel. Vamos enfrentando a realidade com coragem, determinação. O apóstolo Pedro disse: “.... Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. ” (1 Pedro 5:7). Com isso vamos caminhando, sem lamentar, dando graças por tudo. Oro, com toda a minha alma, para sermos capazes de viver da melhor maneira possível, apesar de todas as perdas e frustrações. Ajuda, Senhor!!! 

Texto publicado no Jornal de Assis, ontem, dia 19/02/2020

Obrigada, Senhor!!!

Foto: Pequisa Google, desconheço a autoria;

Arroz com jaca!?

Tenho uma tia professora, a Dona Tereza, que gosta de fazer coisas gostosas e serve muito bem à mesa. Fazer doce de figo, que fica bem verdinho é uma das suas especialidades, nunca comi outro igual. Em um dia desses, meu primo, seu filho, veio passear em sua casa, e quando foram almoçar ele admirou-se com a quantidade de comida à mesa, pois tinha seis misturas. Um pouco triste, constrangido, disse a ela: - Mãe, isso não é pecado? Comer tanta coisa boa assim em uma só refeição? Ela não titubeou ao responder: - Pecado era quando eu passava fome e só tinha arroz com jaca para comer. O constrangimento dele passou e a alegria tomou conta da casa. Foi só risada. Eu também ri muito quando soube da história. Destaco nesse fato algumas coisas importantes. Vejo, em primeiro lugar, a consciência cristã do meu primo. A solidariedade dele com os que não tem quase nada de mistura para comer e eles com tanto à mesa. Há uma sensação de estar cometendo uma injustiça em sua observação. O desejo de comer sem pecar dá mostras de seu caráter cristão. Louvo a Deus por isso. Vejo ainda nele, a sensação de estar cometendo uma injustiça com quem não tem tudo o que ele tem para comer. Um fato raro em nossa sociedade. Contudo, admiro a sabedoria da minha tia ao responder imediatamente à questão. O desejo dela era bem servir aos seus, quando colocou à mesa tudo de bom que tinha. Era feliz por fazer assim, não pecadora. O pecado não estava ali, estava na injustiça social de quando pequena só tinha arroz com jaca para comer em sua casa. Isso sim era pecado. Quando soube, concordei de imediato com ela. Minha admiração por ela cresceu mais ainda. Dou graças ao Pai pela consciência cristã do primo e pelo discernimento da minha tia. Quem dera, o mundo fosse tão consciente do pecado e da injustiça social. Penso que minha tia quando criança teria ficado mais feliz se algum cristão tivesse lhe dado alguma coisa mais, além de jaca, para comer com o arroz. Precisamos abrir os nossos olhos e nossos mãos ao nosso próximo que talvez não tenha nem arroz e jaca para comer. Assim nos ensina as Escrituras: “Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado. ” (Provérbios 31:20). Temos feito isso? Oro para o Pai nos dar um caráter mais semelhante ao do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que jamais deixou de bem alimentar as multidões. Ajuda, Senhor!!!

Observação: O nome da tia e o fato são verdadeiros. Esta é uma história verídica.

Texto publicado no Jornal de Assis, ontem, dia 15/04/2020

Vivi pra ver!!!

Quando eu ouvia falar da gripe espanhola, que espanhola não era, nunca imaginei que um dia presenciaria algo tão grande quanto ou mais perigoso que ela. Estamos presenciando a mais indesejável situação, a pandemia do Corona vírus. Me ponho sempre a pensar na calamidade em si e nos seus desdobramentos. Fico com a cabeça quente, às vezes. As informações são tantas, algumas desmentidas, e eu sem muito saber qual a verdade. Mas, contra fatos não há argumentos. E fato é que pessoas estão morrendo com COVID-19. Diante dos fatos vejo algumas coisas que gostaria de compartilhar. Primeiro, os poderosos estão infectados e alguns deles morrem. Dizem que o futuro rei da Inglaterra está infectado em isolamento. Isso mostra a impotência do poder do homem diante de um pequenino vírus. Impotência é a marca do homem diante da crueldade da natureza. Isso é bom, considero. Os que se põe acima dos outros devem saber que nada são diante do inusitado. Obrigada, Corona. Em segundo lugar, vejo que não está tendo dinheiro no mundo para fazer parar a pandemia. Ótimo. Prova concreta de que o dinheiro não resolve tudo. O que se falava é comprovado. Obrigada, Corona. Em terceiro lugar, tem sido o momento das pessoas ficarem em casa, para se protegerem. Ótimo também. A casa é o porto seguro do homem. Ainda que nesse porto-seguro se tenha algumas dificuldades que precisam ser superadas, é ali, que temos o refúgio, é ali que colocamos a cabeça no travesseiro e descansamos. Ninguém dúvida disso. Obrigada, Corona. Assim sendo, a velha Bíblia, continua falando: todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8.28), até o Corona. Também pela Bíblia Sagrada, aprendi a dar graças por tudo. O que é uma ordem apostólica (1 Tessalonicenses 5.18) tem se tornado, na medida do possível, uma prática pessoal. Por isso, pode até parecer ironia, heresia talvez, atendendo o Apóstolo Paulo, pelo Corona vírus, dou graças ao Pai. Obrigada, Senhor!!!

Texto publicado no Jornal de Assis, Assis, SP, no dia 01 de abril de 2020

Obrigada, Senhor!!!