quarta-feira, 4 de junho de 2014

O que é suficiente!?


As pessoas estão sempre buscando coisas para melhorar a vida. Não há nada errado nisso. O problema é quando ficamos insatisfeitos com o que temos, não valorizando o que já nos foi dado. Estamos tão preocupados com o que vamos conseguir para o futuro que não curtimos o que já temos e perdemos de vista o presente. O passado já aconteceu, o futuro ainda não chegou, devemos viver o hoje com o máximo de atenção possível, não deixando de lado nenhum detalhe, nenhuma pequena coisa e nenhum simples gesto. As pequenas coisas, os gestos simples, o necessário para o sustento, para o o vestuário, são suficientes. O mais suficiente ainda é que podemos amar uns aos outros. Nada tem mais sentido e valor na vida do que o amor. Já disse isso inúmeras vezes, não vou cansar de repetir. Quero sempre que me for possível, trazer à luz uma grande verdade que não pode ser rebatida: o amor é melhor. Amar, vale a pena. O importante é amarmos, é mostrarmos o nosso amor, não ficarmos preocupados apenas com nós mesmos, precisamos ir além, sairmos do nosso mundo, entrarmos no mundo do outro, para servir, para ajudar da melhor maneira que nos for possível. Quando gastamos nosso tempo só para adquirirmos bens para nosso interesse, fugimos da natureza de doadores, solidários, como Deus nos criou para sermos. A vida clama por solidariedade, compaixão, bondade, comunhão e amor; ela nunca foi fácil e nunca será para ninguém, porém, com a companhia amorosa de familiares e amigos, vamos vencendo nossas lutas, rompendo barreiras, superando desafios, atravessando montanhas de dificuldades. A cada dia podemos acrescentar pessoas ao nosso rol de amigos e companheiros de jornada. Ninguém pode existir solitário, desacompanhado, abandonado. Deus não nos criou para a solidão, mas para a comunhão. Não fomos feitos para o individualismo, mas para a mutualidade. O  indivíduo existe na sua individualidade, mas só terá razão de ser na totalidade, no compartilhar da vida. Assim formamos a sociedade humana. Um ser permanentemente solitário não vale a pena existir. É certo, contudo, que a companhia do outro exige um desembainhar-se do egoísmo, da altivez, do individualismo, não da individualidade. Jamais deixaremos de ser um indivíduo com nossas características próprias, nosso jeito de ser, mas formaremos parcerias, cresceremos juntos. Só temos a ganhar quando amamos, só perdemos quando corremos do amor e deixamos de compartilhar. Poderia citar inúmeros textos bíblicos e filosóficos para a minha afirmação, porém, citarei apenas um dos que gosto mais: "Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão." (Provérbios 17:17). Viver em companhia e amor como Deus quer é às vezes remar contra a maré do nosso século, mas precisamos fazer isso, sem cessar e não desanimar. Que o Espírito Santo nos ajude a irmos ao encontro do outro, em amor e paz. Ajuda, Senhor!!!

Texto publicado hoje, 04.06.2014, no Jornal de Assis.
Obrigada, Senhor!

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