No texto "Homens dos quais o mundo não é digno", publicado no dia 19/06/2013, falei de Nelson Mandela. Ele estava doente, porém vivo. Hoje, morto e sepultado, deixou um legado para a África do Sul e para o mundo todo. Páginas e páginas poderíamos escrever sobre Nelson Mandela, mas o que mais me admira é a sua luta e seu sacrifício para por fim ao regime do apartheid, um horror do século vinte. Para tanto, dedicou 70 anos, sendo 27 anos preso. Não posso compreender, de forma alguma, e encontrar alguma justificativa para a separação de negros e brancos em uma sociedade. Isso é uma estúpida vilania. Em Cristo somos um, não há divisão, separação alguma. O apóstolo Paulo na carta que escreveu aos Gálatas, capítulo três, versículos vinte e seis, vinte e sete e vinte oito disse: "Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus." A igualdade das pessoas é questão primeira da fé cristã, que com certeza Nelson Mandela aprendeu desde pequeno na Escola Wesleyana que estudou em sua aldeia e depois em sua escola preparatória, também, wesleyana (http://noticiasmiqueias.com.br/exibe_conteudo.asp?id=1517&local=14). A África do Sul é hoje um país melhor disseram algumas personalidades. Pessoas comuns e líderes políticos mundiais vêem em Mandela um exemplo, um herói de todos os tempos, uma das luzes mais brilhantes do mundo que se apagou. Gosto muito da reportagem dos jornalistas Ed Cropley e Olivia Kumwenda, parte dela retrata fielmente a importância de Mandela para a humanidade: "Nelson Mandela, com sua morte, mergulhou no inconsciente coletivo da humanidade para nunca mais sair de lá porque se transformou num arquétipo universal, do injustiçado que não guardou rancor, que soube perdoar, reconciliar pólos antagônicos e nos transmitir uma inarredável esperança de que o ser humano ainda pode ter jeito. Depois de passar 27 anos de reclusão e eleito presidente da Africa do Sul em 1994, se propôs e realizou o grande desafio de transformar uma sociedade estruturada na suprema injustiça do apartheid que desumanizava as grandes maiorias negras do país condenando-as a não-pessoas, numa sociedade única, unida, sem discriminações, democrática e livre. E o conseguiu ao escolher o caminho da virtude, do perdão e da reconciliação. Perdoar não é esquecer. As chagas estão aí, muitas delas ainda abertas. Perdoar é não permitir que a amargura e o espírito de vingança tenham a última palavra e determinem o rumo da vida. Perdoar é libertar as pessoas das amarras do passado, é virar a página e começar a escrever outra a quatro mãos, de negros e de brancos. ... Deverá figurar nos manuais escolares de todo mundo esta afirmação humaníssima de Mandela: 'Eu lutei contra a dominação dos brancos e lutei contra a dominação dos negros. Eu cultivei a esperança do ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas e em harmonia e têm oportunidades iguais. É um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas, se preciso for, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer'." (http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE9B700220131208). Nelson Mandela, continuou fazendo milagres após sua morte. Na cerimônia de despedida, realizada no Soccer City, em Johannesburgo, Barack Obama, o presidente dos USA, apertou a mão de Raúl Castro, presidente de Cuba. Quem sabe, este aperto de mão, seja o prenúncio de um novo tempo para ambos países. As imagens e mensagens de Nelson Mandela veiculadas na mídia nos encheram de inspiração. A partir delas nos animamos a continuarmos a ser instrumentos de Deus para a melhoria do nosso mundo. É um referencial a ser seguido por todos que lutam pela justiça social. Como cristãos, não podemos cruzar os braços, ao contrário, devemos entrar na batalha por dias melhores. Que a vida de Nelson Mandela sirva de inspiração para as novas gerações de sul-africanos e toda a humanidade. Oro para Eterno nos capacitar. Ajuda, Senhor!!!
Texto publicado ontem (18/12), no Jornal de Assis.
Obrigada, Senho!!!
Foto: Pesquisa Google.
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