terça-feira, 17 de maio de 2011

A VELHICE!

QUE VELHICE? DA CARNE OU NO ESPÍRITO?
Eclesiastes 12.1

Estive refletindo sobre esse texto. Sempre o entendi em seu sentido literal – a velhice em contraposição à juventude –, o que é correto. Porém, na última vez que o li, refleti sobre o envelhecimento num sentido mais espiritual. Comentando a respeito com minha pastora, Railda, ela me pediu que escrevesse um texto. Eis a seguir:

Quando somos novos na fé, quando estamos no primeiro amor, tudo é maravilhoso! Lindo! Prazeroso! Queremos aprender! Queremos compartilhar! Temos força! Garra! Vontade! Ânimo! Afinal, somos jovens e saudáveis na fé que acabamos de abraçar! Em nosso Senhor Jesus Cristo! Que maravilha! Quantos sonhos! Quantos planos! Quanto a conhecer! O Senhor tem primazia em nossa vida! Estamos atentos à Palavra, ao Criador! Mas, assim como no aspecto físico o amadurecimento se passa sem que nos demos conta, da mesma forma acontece com nossa vida espiritual. O que é muito bom. Contudo, corremos o risco de envelhecer na fé, ao invés de amadurecer! Fiquei pensando sobre isso. Sobre o fato de já não sermos tão tolerantes, entusiasmados, pacientes, simples, humildes, servos obedientes, perdoadores, amáveis, doadores, ofertantes, dizimistas fieis... Como era no início, nos tempos do primeiro amor. Nesse texto de Eclesiastes, o Senhor nos adverte: “lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias...”. Esses dias maus descritos no texto são terríveis: “antes que se escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida, e tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro; nos dias em que tremerem os guardas da casa, os teus braços, e se curvarem os homens outrora fortes, as tuas pernas, e cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os teus olhos nas janelas; os teus lábios, qual portas das ruas se fecharem; no dia em que não puderes falar em alta voz...” Fiquei pensando nesse envelhecimento das pernas, braços, dentes, voz. Os mesmos elementos que sustentam o nosso corpo físico, e que nos permitem autonomia para agir e cuidar da nossa vida, sem grandes dificuldades, quando somos jovens, são os mesmos que mais tarde dificultam nossa caminhada de autonomia e prazer na realização de nossas ações mais rotineiras. O que esses elementos representam quando estamos envelhecidos (fracos) na fé? Não vemos mais as mudanças acontecerem. Deixamos de velar por nossos alvos, os quais um dia foram importantes para nós. Nos acostumamos com os problemas, convivemos com eles, já não buscamos com ardor no coração a conversão de nossos queridos. Achamos tudo natural. O pior, já nem nos preocupamos em darmos testemunhos de vida com Deus, quando nos irritamos por qualquer coisa, falamos o que não devemos, não mais convidamos nossos familiares para ir à igreja. Já não falamos da Palavra com tanta intensidade. Os sonhos de conversão de muitos, e da realização dos propósitos de Deus em nossas vidas já passaram! Já não oramos como antes, talvez até mesmo sem a fé de outrora. Já não fazemos questão de testemunhar nossa fé. Já não cremos na salvação de nosso irmão. Não mais cultuamos a Deus em espírito e em verdade. Não somos mais verdadeiros adoradores. Deixamos de velar por nossa própria casa, nossos queridos. Esse envelhecimento tem conseqüências. O caminho é a morte! A morte de sonhos, planos, realizações na fé e por meio da fé em Jesus Cristo! “... Antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço...” É forte! É muito forte essa palavra! Nos dois sentidos! Que o Senhor nos capacite a continuar firmes na fé que um dia ele nos chamou! Seja louvado e engrandecido o nome do SENHOR por sua obra em nossas vidas!

JECELI APARECIDA FAZIONI SOUSA

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