Para levar a nau da vida a porto amigo,
Senhor, eu já não sei o que resolva ou faça,
Pois o vento da angústia é contínua ameaça
À rota que tracei e, humílimo, prossigo...
Se os escolhos fatais da ingratidão consigo
A custo ultrapassar, se o frio da desgraça
Gela as águas do mar por onde o barco passa,
À luz do céu, transponho as névoas do perigo...
Eu penso desistir, às vezes, dessa viagem,
Mas, quando vou descer as velas da esperança,
Tu vens, como um farol, reacender-me a coragem.
Dá-me, pois, meu Senhor, em meio aos vendavais,
A fé para vencer a Dor que fere e cansa
E, em teu porto, lançar minha âncora da paz!
Por Mário Barreto França.
Por Mário Barreto França.
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